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Sessão Solene celebra Dia da Consciência Negra em Osasco

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    alternativanews2
  • 26 de nov. de 2018
  • 3 min de leitura

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Evento foi marcado por reflexões sobre igualdade racial e cultura negra


Vereadores, representantes da comunidade negra e de movimentos sociais estiveram reunidos na noite de sexta-feira, 23 de novembro passado, na Sala Osasco, para celebrar o Dia da Consciência Negra.

A Sessão Solene alusiva à data teve como proponente a Vereadora Dra. Régia Gouveia Sarmento (PDT) e foi marcada pela participação ativa dos movimentos em defesa da união racial e por reflexões sobre a valorização da cultura negra e combate ao racismo.

A professora Dayse Mara Ramos da Silva, do Instituto Singularidades, ministrou a palestra “População afrodescendente: conquistas e desafios”, em que discorreu sobre aspectos como racismo, mestiçagem, o ensino da cultura negra nas escolas e a falta de reconhecimento da raça pelo próprio negro.

A violência contra os negros nas periferias foi outro tema abordado pela professora, que lembrou a chacina que matou dois jovens afrodescendentes inocentes em Osasco, em 2015. “Em memória a eles temos que continuar lutando. Precisamos pensar que é preciso resolver e não acomodar. Porque acomodar é simples; resolver, não”.

Representando a deputada estadual Leci Brandão (PcdoB), Jorge Luiz Oliveira cumprimentou os participantes pela solenidade e apresentou a Lei 16.758/2018, de autoria da parlamentar, que torna obrigatória a informação sobre a cor e identificação racial em todos os cadastros, bancos de dados e registros de informações públicos e privados. “O objetivo é fazer o diagnóstico de onde estamos e o que nós temos, porque nós não nos identificamos”, justificou.

A professora Deyse Monteiro, do Movimento Frente Favela Brasil, também defendeu que a população negra e periférica lute pela ocupação dos espaços de poder e cobrou do poder público a ampliação da presença dos movimentos de defesa da cultura negra que, segundo ela, estão “adormecidos”.

ZUMBI DOS PALMARES - O Presidente do Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial, Bruno Pimentel, lembrou que o feriado do Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, é uma data importante porque lembra a morte de Zumbi dos Palmares. “Infelizmente, no nosso Município não conseguimos o feriado. Para nós, que somos negros e conhecemos as nossas origens, é uma data importante”, afirmou.

O Presidente do Conselho Municipal para Assuntos da Pessoa com Deficiência, Salomão Rodrigues de Lira Júnior, que é negro e deficiente físico, disse que é preciso ter consciência de que a luta, a garra e o engajamento servem para que as políticas públicas promovam equidade, equilíbrio e igualdade entre as pessoas. “É por isso que estamos aqui”.

A Coordenadora Municipal de Políticas Públicas para a Mulher, Igualdade Racial e Diversidade Racial, Simone de Carvalho, fez um balanço sobre os eventos e políticas públicas voltadas à população negra e destacou um trabalho embrionário de mapeamento da população afrodescendente em Osasco. Ela também anunciou a reabertura da Casa de Angola, que será coordenada por Pai Zazi.

EM DEFESA DA IGUALDADE - O Vereador Daniel Matias (PRP), que preside a Comissão de Políticas Afirmativas de Raça e Gênero, defendeu que a luta pela igualdade racial seja constante. “Deve ser a nossa pauta de todos os dias, para que possamos fazer o combate de qualquer forma de discriminação”.

Ao falar sobre igualdade racial, a Vereadora Dra. Régia cobrou políticas públicas que favoreçam todos os cidadãos, especialmente os jovens negros da periferia. “Nossos jovens negros estão morrendo nessa cidade por não terem direitos”, lamentou.

O Vereador Tinha Di Ferreira (PTB) também tocou no ponto das políticas públicas de promoção da igualdade. “Temos que não só de pensar na consciência negra nesta semana, mas nos 365 dias do ano”, concluiu.

 
 
 

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